2015.08.12 - assembleia 2

Os professores da UFPB voltaram a aprovar nesta quarta-feira (12/8) a continuidade da greve iniciada no dia 28 de maio. No total, 188 docentes assinaram a lista de presença nos campi de João Pessoa, Bananeiras e Areia. Desses, 141 aprovaram a manutenção do movimento e quatro foram contrários. Houve, ainda, quatro abstenções.

Em João Pessoa, a assembleia contou com 135 presentes e a greve foi aprovada por 101 votos a quatro (foram registradas quatro abstenções). Em Bananeiras, 31 professores assinaram a lista de presença e 18 votaram pela continuidade do movimento. Não houve votos contrários ou abstenções. Em Areia, os 22 professores presentes foram unânimes em aprovar a manutenção da greve.

A próxima assembleia será realizada no dia 19 de agosto, quarta-feira. Durante os encaminhamentos, os docentes aprovaram também o texto da pauta emergencial elaborada pelo Andes-SN com o objetivo de pressionar o Governo a negociar com os professores. O documento busca fazer um resumo conciso das reivindicações mais urgentes da categoria e destaca cinco tópicos: defesa do caráter público da universidade, condições de trabalho, garantia de autonomia, reestruturação da carreira e valorização dos ativos e aposentados.

Na assembleia realizada em João Pessoa, o professor Eduardo Guimarães, que representou a UFPB na Comando Nacional de Greve do Andes-SN durante a semana passada, explicou que a expectativa das entidades de servidores federais é de que o Ministério do Planejamento apresente alguma proposta até a próxima segunda-feira, dia 17 de agosto.

Não há, ainda, qualquer reunião oficialmente agendada, mas, em comunicado à Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos das Instituições de Ensino Superior), o MPOG sinalizou que daria alguma resposta aos servidores até essa data.

O professor Marcelo Sitcovsky, coordenador do Comando Local de Greve dos professores, deu informes sobre a reunião realizada na terça-feira (11/8) com a reitora Margareth Diniz para tratar da pauta local de reivindicações, entregue pelos docentes no dia 29 de julho. A audiência também contou com a presença de representantes dos servidores técnicos-administrativos (que também entregaram uma pauta específica) e dos estudantes.

De acordo com Sitcovsky, a reitora se comprometeu a apresentar na próxima segunda-feira (17/8) um documento com respostas a cada um dos pontos listados pelos professores. Essas respostas serão analisadas pela categoria, com o objetivo de avaliar se elas atendem às reivindicações. No dia 25 de agosto, será realizada uma terceira reunião, com a presença do pró-reitor de Gestão de Pessoas, Francisco Ramalho, para se tentar avançar na busca por soluções aos pontos que não foram atendidos.

Agenda Brasil

O presidente da ADUFPB, Jaldes Meneses, fez uma crítica veemente ao pacote de medidas apresentado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, à presidente Dilma Rousseff, segunda-feira, que vem sendo denominado de “Agenda Brasil”: “A Agenda Brasil, nada tem de brasileira. Na verdade, é um aprofundamento radical do Ajuste Fiscal em curso. Caso seja levado adiante, em definitivo, teremos uma derrota histórica dos trabalhadores brasileiros. Quanto aos serviços públicos e às terceirizacões, seria a privatização. É muito grave e o tema do combate a tal agenda, de imediato, deve ser incorporado à pauta política da greve”.

Novas adesões

Para o professor Tiago Bernardon, integrante do Comando Local de Greve, a Agenda Brasil é um “ataque aos trabalhadores brasileiros”. Ele afirma que o quadro atual do movimento é de ampliação da greve. “As universidades do Ceará e do Piauí, por exemplo, aprovaram indicativo e devem aderir ao movimento”, disse.

As últimas adesões à greve dos docentes foram nas universidades federais de Juiz de Fora, do Rio de Janeiro e do Paraná, e dos institutos federais do Sudeste de Minas Gerais e da Paraíba. Agora, 46 sessões sindicais do Andes estão em greve.

Ele lembrou que os cortes impostos pelo Governo Federal como medidas para reduzir o impacto da crise – como a redução de 75% das verbas para a pós-graduação – já estão trazendo impactos negativos para os serviços públicos.

Atividade

O professor Tiago Bernardon convidou os professores a participarem, nesta quinta-feira (13/8) de um ato contra o título conferido pela Câmara Municipal de Sapé ao deputado Jair Bolsonaro. Para o evento, sairá um ônibus do estacionamento do CCHLA, no campus I da UFPB, às 6h30.

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Fonte: Ascom ADUFPB