Rolando Lazarte

Os vizinhos da rua Edvaldo B. Pinho, no Cabo Branco, não tem sossego. De dia, as prostitutas tomam conta do pedaço, com a sua gritaria e freqüentes discussões com fregueses ou entre elas. De noite, e muitas vezes também em pleno dia, ladrões invadem as residências e assaltam os passantes, ao ponto de alguns pontos de ônibus terem sido desativados pelas empresas. O sono e a tranqüilidade dos moradores vivem em constante ameaça, e as autoridades não atendem reclamações no sentido de ser reparada a cerca de arame farpado que deveria proteger a mata e na verdade, destruída, serve de esconderijo para os marginais, ou de ser providenciado um policiamento ostensivo. Os impostos dos cidadãos não servem para lhes garantizar a paz e o sossego. O poder público se omite e os vizinhos da rua Edvaldo B Pinho, entregues à própria sorte, apelam para a imprensa para tentar mobilizar a cidadania em favor do direito que lhes cabe. Uma cidade sem lei é o preanuncio de um tempo indesejável, desde qualquer ponto de vista. Sabemos que este apelo não sensibilizará a quem deveria, por obrigação, cuidar dos cidadãos. Esperamos, contudo, que possa chamar a atenção de pessoas de bem que queiram intervir no sentido de proteger as mulheres prostituídas que são exploradas em condições vergonhosas e incomodando a vizinhança, e os próprios vizinhos, amedrontados ao ponto de muitos temerem sair à rua ainda em pleno dia por causa do clima de terra de ninguém que impera na área. Apelamos para a colaboração da imprensa na divulgação deste apelo.

Rolando Lazarte

RG 2.149.305 SSP-PB