Nestes últimos dias praticamente todos os meios de comunicação brasileiros e mundiais estão dando especial atenção ao atentado de 11 de setembro, ocorrido na cidade de Nova Yorque nos EUA com seus 2996 mortos. Apos a leitura da matéria da Wikipédia abaixo, vamos pensar só um pouquinho?

“Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, chamados também de atentados de 11 de setembro de 2001, foram uma série de ataques suicidas coordenados pela Al-Qaeda aos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001. Na manhã daquele dia, 19 terroristas da Al-Qaeda seqüestraram quatro aviões comerciais a jato de passageiros.[1][2] Os seqüestradores intencionalmente bateram dois dos aviões contra as Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova Iorque, matando todos a bordo e muitos dos que trabalhavam nos edifícios. Ambos os prédios desmoronaram em duas horas, destruindo construções vizinhas e causando outros danos. O terceiro avião de passageiros caiu contra o Pentágono, em Arlington, Virgínia, nos arredores de Washington, D.C. O quarto avião caiu em um campo próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois que alguns de seus passageiros e tripulantes tentaram retomar o controle do avião, que os sequestradores tinham reencaminhado para Washington, D.C. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.

O total de mortos nos ataques foi de 2.996 pessoas, incluindo os 19 sequestradores.[3] A esmagadora maioria das vítimas era civil, incluindo cidadãos de mais de 70 países.[4] Além disso, há pelo menos um óbito secundário – uma pessoa foi descartada da contagem por um médico legista, pois teria morrido por doença pulmonar devido à exposição à poeira do colapso do World Trade Center.[5]” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ataques_de_11_de_setembro_de_2001)

É claro o direcionamento da imprensa brasileira e mundial em saudar a valentia e heroísmo dos 2996 pessoas mortas neste lamentável atentado. Mas por que não clicar encima deste texto e verificar que a contagem de mortos praticada e produzida pelos EUA ao ivadir o Iraque (duas vezes) e o afeganistão, é superior aos mortos, praticados e produzidos pelos nazistas na 2ª Guerra?

A hipocrisia é tão clara que dói. O que a imprensa faz, como uma grande e pensada lavagem cerebral, é nos acostumar a chamar de insurgentes quem ainda combate em sua própria terra, do Iraque. Chamamos de insurgentes, seu próprio povo que continua a lutar contra a ocupação de seu território?

Desta perspectiva os franceses, belgas, noruegueses, ingleses, poloneses, iugoslavos e todos que lutaram contra o nazismo na Europa dos anos 40 seriam insurgentes? Não! Foram chamados de combatentes da liberdade!

Mas pergunto: O que você faria se, durante uma invasão ao Brasil e em especial à Paraíba e à sua cidade onde moras, no ano de 2003, seus parentes e amigos fossem bombardeados e 110 mil brasileiros fossem assassinados (63% de civis) em 10 longos anos, por soldados dos EUA e seus aliados? Mas afinal eles têm razão! Estão buscando armas perigosas as quais nunca tivemos como fabricar ou comprar? E depois que nos nos invadiram, ficaram aqui nos oprimindo por mais de dez anos! Clique aqui e veja uma das prováveis razões da invasão.

Imagine sua mãe, seu pai, amigos queridos e seus filhos todos mortos. Cemitérios lotados de parentes e amigos queridos sendo jogados em covas coletivas com cal por cima? Imaginou?

Você ficou desempregado, a UFPB foi quase toda destruída, seus alunos sem ter onde estudar pois os prédios onde trabalhavas e suas faculdades foram demolidos por várias e várias bombas, incendiárias e precisas como um laser, destruíram suas ruas e sistemas de esgoto.

Falta água, luz, esgoto e comida à mais de dez anos seguidos em sua cidade. Estás sem polícia e sem hospitais funcionando minimamente!

Foi neste cenário que se cometeu o atentado aos EUA e é nesta cena que vivem os Iraquianos (110 mil mortos) e Afegãos (68 mil).

Esquisito a imprensa e seus “brilhantes” articulistas não citarem estes dados, já tão divulgados!

Prof. Dr. Marcello Bulhões
Antropologia Cultural-EAD