A conjuntura internacional e na nacional, os ataques aos direitos sociais, em particular à Educação Pública, como o Future-se, foram centro do debate da primeira plenária temática do 39º Congresso do ANDES-SN, que já reúne mais de 650 pessoas. O evento, que tem como tema central “Por Liberdades Democráticas, Autonomia Universitária e em defesa da Educação Pública e Gratuita” iniciou na manhã dessa terça-feira (4), na Universidade de São Paulo (USP).
Durante a tarde, foram apresentados e discutidos nove dos dez textos referentes ao tema “Conjuntura e Movimento Docente”. Nas diversas análises, esteve presente o chamado para a construção da unidade na luta como estratégia para enfrentar a ofensiva do capitalismo neoliberal, a ascensão da extrema-direita e os vários ataques que já estão em pauta, como a reforma administrativa, as Propostas de Emenda Constitucional do Pacto Federativo, do Fundo Público e a Emergencial, que prevê a redução de salários para servidores federais, do governo Bolsonaro e do congresso.
As intervenções, tanto dos autores dos textos quanto dos 66 participantes que se inscreveram para fala, ressaltaram as muitas lutas empreendidas em diversos países como Chile, França, Tunísia, Argélia, Equador, Venezuela, Honduras, Bolívia, entre outros. Foi destacada, ainda, a mobilização dos docentes e demais servidores públicos nos estados, em especial contra as reformas das Previdências estaduais, como na Bahia, Ceará, Piauí, Pará, Mato Grosso, Rio Grande do Norte. Destacou-se o papel importante do ANDES-SN na construção de lutas como o 15M e 30M, fruto da unidade de ação com as demais entidades da educação.
Debateu-se a necessidade de ampliar a mobilização na base docente e fortalecer a unidade da classe trabalhadora, na perspectiva de construção da greve do setor da educação, e também de uma greve geral, tendo como referência a data de 18 de março, já apontada como um dia de luta pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e outras entidades, visando derrotar as políticas neoliberais e a agenda reacionária do governo Bolsonaro e do congresso.
Avaliação
Para Caroline Lima, 1ª secretária do ANDES-SN, que presidiu a primeira plenária, a mesa de conjuntura apontou a pluralidade de ideias do Sindicato Nacional. “Todos os textos foram apresentados e discutidos. Garantimos um número significativo de falas para o debate, de exposições, o que representa como o nosso sindicato é democrático e respeita as diversas posições que existem dentro do ANDES-SN. As análises de conjuntura apontam para a necessidade de botarmos peso na greve do dia 18 de março, de construirmos uma greve geral e de começarmos a pensar em como radicalizar o movimento da educação e fazermos o enfrentamento à extrema direita e a todos os governos que atacam os direitos da classe trabalhadora”, concluiu.
Fonte: ANDES-SN