Tag: análise

Previdência: Fagnani disseca a proposta Bolsonaro

Fonte: OutrasMídias

Eduardo Fagnani entrevistado por Ricardo Machado, em IHU On-line

E se a retirada de direitos dos trabalhadores, sob a justificativa de sustentabilidade da Previdência, fosse tão somente uma cortina de fumaça para a manutenção do projeto de transferência de renda para os mais ricos? A questão que abre o texto bem poderia ser tomada como uma espécie de teoria conspiratória se a realidade macroeconômica não fosse tomada em contexto. “O que me dá profunda irritação é este argumento de que sem a reforma da Previdência o país quebra. Isso é de um primarismo, algo quase rudimentar, por várias razões”, assevera Eduardo Fagnani, em entrevista por telefone à IHU On-Line.

A opção política do atual governo é reduzir os direitos sociais das camadas mais empobrecidas para reduzir a carga tributária dos grandes empresários e manter a política de isenção fiscal intacta. “Se somarmos R$ 400 bilhões de isenções fiscais, R$ 400 bilhões de juros e 500 bilhões de sonegação, temos R$ 1,3 trilhão todo ano, são mais de 13 anos de economia com a reforma da Previdência”, pondera Fagani. “Claro, não dá para cortar tudo de uma vez, mas se o governo propuser cortar 30% desse R$ 1,3 trilhão, são cerca de R$ 400 bilhões por ano. Se cortar um terço desse programa extraordinário de distribuição de renda para os ricos, daria um montante de aproximadamente R$ 400 bilhões por ano, equivalente a quatro anos de economia da reforma da Previdência”, complementa.

Eduardo Fagnani é graduado em Economia pela Universidade de São Paulo – USP, mestre em Ciência Política e doutor em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Atualmente leciona no Instituto de Economia da Unicamp, coordena a rede Plataforma Política Social e é pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho – Cesit. Fagnani é um dos autores de A reforma tributária necessária. Diagnóstico e premissas.

Continue lendo

Maria Lucia Fattorelli analisa a reforma proposta por Bolsonaro

A auditora e coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, analisa a reforma da Previdência proposta pelo Governo Bolsonaro. Ela comenta a necessidade de mudanças nas regras de aposentadoria e critica as alterações sugeridas. Fattorelli afirma que o mercado financeiro será o principal beneficiado se a reforma passar e diz que a instauração do sistema de capitalização significa o fim da Previdência nos moldes atuais.

Fonte: Assembleia de Minas Gerais

Nova Previdência dificulta acesso e pode aumentar pobreza, diz economista

Juliana Elias
Do UOL, em São Paulo
(publicado originalmente em 21/2/2019)

A reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro pode apertar demais os direitos sociais e acabar gerando problemas maiores, com aumento de pobreza no médio e longo prazo.

O estabelecimento de um tempo mínimo de contribuição de 20 anos, o endurecimento na concessão das aposentadorias rurais e as reduções nos valores de pensões e auxílios estão entre as principais críticas. No geral, são regras que dificultam o acesso e resultam em pagamentos menores do que os recebidos hoje.

“São regras muito duras e que atingem em cheio 30 milhões de brasileiros que dependem diretamente desses benefícios para sua sobrevivência e de sua família”, disse a economista Denise Gentil, professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) especializada em contas públicas e Previdência.

“Você pode até reduzir o gasto com Previdência, mas não é só para isso que se deve olhar; vai haver aumento da pobreza, e pobreza não é um bom negócio.”

Denise Gentil, professora da UFRJ

“O Brasil é muito generoso em desonerações e renúncias fiscais, que reduzem a arrecadação”, disse o advogado e presidente do Ieprev (Instituto de Estudos previdenciários) Roberto de Carvalho Santos. “O ideal seria rever isso e equilibrar o cofre antes de partir para a retirada de direitos.”

Veja os pontos mais criticados na reforma da previdência:

Continue lendo

Sara Granemann analisa ponto a ponto a proposta do governo

Vídeo com a professora da Escola de Serviço Social da UFRJ Sara Granemann, especialista em previdência pública e privada, postado nas redes sociais no dia 20 de fevereiro, horas depois do governo apresentar a nova proposta de reforma da Previdência. Ela analisa os principais pontos da PEC 6/2019.

 

© 2024 Dossiê da Previdência