18Em mais uma rodada de assembleias nesta quarta-feira (19/8), os professores da UFPB decidiram manter a greve iniciada no dia 28 de maio. Entre outros pontos, eles aprovaram o calendário das próxima atividades (incluindo a participação na manifestação em defesa da educação pública que será realizada em Brasília nos dias 27 e 28 deste mês) e novas assembleias em 31 de agosto.

As reuniões desta quarta-feira aconteceram nos campi de João Pessoa, Bananeiras e Areia, com a participação total de 198 docentes. Foram registrados 142 votos em favor da continuidade da greve, três contrários e três abstenções.

14No campus I, em João Pessoa, 158 assinaram a lista de presença. A manutenção do movimento foi aprovada por 105 votos a três, com uma abstenção. Em Bananeiras, a lista de presença contou com 26 assinaturas; 23 professores votaram pela continuidade da greve e dois se abstiveram. Não houve votos contrários. Já em Areia, a proposta de manutenção do movimento foi aprovada por todos os 14 participantes da assembleia.

Na assembleia de João Pessoa, a professora Cristine Hirsch, que representou nas últimas semanas os professores da UFPB no Comando Nacional de Greve do Andes, em Brasília, deu informes sobre o movimento (leia aqui o texto com a análise).

Ela falou sobre a marcha dos servidores públicos federais, convocada pelo Fórum das Entidades dos SPF e realizada no dia 6 de agosto em Brasília. Os servidores percorreram a Esplanada dos Ministérios, em direção ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) para cobrar a retomada das negociações em torno da pauta unificada apresentada pelo Fórum.

A professora Cristine Hirsch destacou o fato de que o movimento grevista ganhou novas adesões nas últimas semanas, como Unirio, UFPR, UFJF, IF do Sudoeste de Minas Gerais, IFPB e UFPI. Com essas, 48 IFE já pararam as atividades no país, segundo o levantamento do Andes-SN. “Em parte, isso expõe o fortalecimento do movimento, mas mesmo que essas instituições não tivessem parado, os recentes cortes orçamentários tornam muito difícil mantê-las em funcionamento”, lembra a professora Cristine.

Segundo ela, nesta quinta-feira (20/8), o Sindicato Nacional participará de uma audiência pública na Câmara do Deputados, às 9h30, para tratar da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n.º 395/14, que altera o artigo da Constituição Federal que trata da gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.

3Atividades culturais

Ainda na sessão de informes, o professor Carlos Cartaxo, diretor de Cultura da ADUFPB, falou sobre a temporada na Europa da peça “As Cartas de Anayde”, sobre a professora e poetisa paraibana Anayde Beiriz. O espetáculo foi montado a partir do curso de teatro oferecido pela ADUFPB, em 2013.

Depois de apresentações em João Pessoa e em outras cidades da Paraíba, o grupo levou a peça a Portugal e Holanda, onde também despertou interesse e elogios do público. Segundo Cartaxo, estão programadas para setembro cinco apresentações gratuitas no Teatro Ednaldo do Egypto, em João Pessoa, para alunos escolas públicas.

O diretor de Cultura da ADUFPB lembrou, ainda, que continuam abertas as inscrições para o 4ª edição do Concurso Cultural de Fotografia do Sindicato. As inscrições ficarão abertas até o dia 31 de agosto de 2015. O objetivo do concurso é estimular a produção cultural dos docentes da UFPB e divulgar os trabalhos na agenda anual distribuída gratuitamente aos filiados. Os professores também podem colaborar com a edição da Agenda ADUFPB enviando sugestões de frases e poemas para o endereço adufpb@terra.com.br.

460º Conad

O professor Ricardo Lucena, que representou a ADUFPB na 60ª reunião do Conselho do Andes – SN (60º Conad), deu informes sobre os discussões realizadas durante o evento, realizado entre os dias 13 de 16 de agosto na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Os delegados do 60º Conad atualizaram o Plano de Lutas deliberado no 34º Congresso do ANDES-SN que aprovou como centralidade da luta para o ano de 2015, “avançar na organização dos docentes e na unidade com os movimentos e entidades classistas nacionais e internacionais, para enfrentar a mercantilização da educação, combater as politicas neoliberais e defender intransigentemente os direitos dos trabalhadores”.

Atividades

O professor Daniel Antiquera informou sobre atividades de greve. Nesta quarta-feira, às 8h30, será exibido o documentário “Bikes vs Cars”, no Centro de Vivência do campus I, seguido de debate sobre mobilidade urbana. Já na quinta-feira, às 15h, haverá em Campina Grande uma reunião do Fórum Estadual em Defesa da Educação Pública.

Pauta local

16O professor Marcelo Sitcovsky, coordenador do Comando Local de Greve, falou sobre a reunião realizada na segunda-feira passada (17/8), na reitoria, para negociação da pauta local dos professores. O documento foi apresentado à reitora Margareth Diniz no dia 29 de julho. Uma primeira reunião aconteceu em 11 de agosto. Na ocasião, a reitora se comprometeu a apresentar na reunião seguinte um documento com respostas a cada um dos pontos listados pelos professores.

Segundo o professor Marcelo, entretanto, esse compromisso não foi cumprido na audiência da última segunda-feira. “Infelizmente não recebemos resposta por parte da administração e estamos aguardando isso por escrito para podermos, no dia 25, realizarmos uma terceira reunião relacionada a pauta local”, explicou.

Durante a assembleia, os professores aprovaram uma moção de cobrança à reitora, pedindo explicações e cobrando solução para esse problema. Clique aqui para ler o texto na íntegra. Também foi aprovada uma moção de solidariedade a sete trabalhadores rurais que vão a júri popular no próximo dia 27. Leia o texto aqui.

 

Avaliação do CNG

O professor Alexandre Nader expôs aos presentes a avaliação do Comando Local de Greve sobre o movimento. De acordo com ele, o CLG entende que é necessário manter a greve, reforçar o calendário de atividades intensificar as ações. Para isso, o Comando Nacional participará nos dias 27 e 28 de agosto de uma grande mobilização em Brasília. Na Paraíba, o CNG pede aos professores que se interessem em participar do protesto que forneçam seus nomes na sede da ADUFPB o mais breve possível.

Assista ao vídeo com a fala do professor Alexandre Nader:

 

 

Fonte: Ascom ADUFPB