Será lançado na próxima sexta-feira (14/6) o livro “Olhares de um Caboré”, do professor aposentado da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande) Aderson Graciano de Oliveira. O evento ocorrerá às 17h, na Associação Paraibana de Imprensa (API), localizada na Avenida Visconde Pelotas, 149, no Centro de João Pessoa.

“Olhares de um Caboré” é um apanhado de poesias, crônicas, provérbios e memórias iconográficas. Trata-se uma viagem histórica pelo interior do Estado da Paraíba, baseada nas memórias do próprio autor e relatada em 175 páginas de um trabalho de conciso, porém rico de conhecimento. A obra foi editada pela Mídia Grafica e Editora Ltda e conta com o apoio da API, da Secretaria de Educação do Município de Nazarezinho (PB) e da Prefeitura Municipal de Riachão (PB).

Em seu primeiro livro, o professor Aderson Graciano faz uma reflexão acerca de sua vida. “Deixando a paisagem bucólica do campo, entra na Academia, tornando-se intelectual e professor universitário”, explica o professor da UFPB Marcos Barros, que faz uma breve sinopse na contracapa do livro.

Assumindo-se na figura do caboré do título, o autor brinca com o significado de um termo comum dos sertões nordestino. A palavra designa uma ave de rapina da família das corujas, comumente encontrada na região. Mas também pode nomear o caipira, o caboclo, o indivíduo atarracado, a “pessoa feia e de ar tristonho”, como explica o poeta Francisco de Assis Dantas, que faz a apresentação do livro.

“Como essa ave, esse nordestino alçou vôos, conquistando outros espaços: de Santa Luzia a Cajazeiras, de Cajazeiras a Fortaleza, de Fortaleza a Lisboa, Bochum, Colônia, cidades da Alemanha, São Paulo, Salvados, Cajazeiras, Recife, Cajazeiras, João Pessoa. Foram muitos os voos, buscando conquista espaços físicos, espaços íntimos, do coração e da intelectualidade”, descreve Francisco de Assis Dantas.

Nos textos poéticos, o autor opta pelo heptassílabo, estilo mais simples e sem o rigor da unidade métrica. Há poemas sobre o mar, o carnaval, a Academia e outros temas. Nos registros autobiográficos, ele narra a passagem da roça ao Seminário, onde adquiriu as ferramentas que o levaram a dar passos maiores.

Outro tema constante na obra é a seca. Ele escreve sobre a Caravana da Seca, integrada por deputados estaduais, e relata o problema do êxodo nordestino provado pela estiagem. Há ainda relatos sobre a vida universitária, sobre o papel do professor na formação profissional do país. “Por fim, o autor trata de assuntos relacionados à conquista da paz, à felicidade e ao Ecumenismo, entre outros”, explica Francisco de Assis Dantas.