Fui surpreendida neste final de semana por uma agressão  despropositada via imprensa escrita ( Jornal Contraponto, 03 a 09 agosto de 2009, ano 06, n.240, p.A-7) em que, ao noticiar sobre uma ocorrência referente a questão  de política universitária, o que era para ser uma reportagem passa a ser , sem assinatura, um libelo contra a minha honra e  dignidade.

Salta aos olhos a manobra para vincular, na  pretensa  – porque eivada de opinião – reportagem à minha pessoa o discurso do antidemocratismo. Este discurso até que faz sentido  na boca da banda podre daqueles que fazem a política universitária do mal. Mas quando o veneno assalta a boa liberdade de imprensa, é estarrecedor!

Em atenção à comunidade universitária e para que o jornal possa se reparar pelo mau exercício que fez da sua preciosa liberdade de imprensa  torno público, para reposição da verdade, os esclarecimentos  que julgo necessários:

Antes de me identificar como autoridade administrativa da UFPB, declaro a  minha inarredável condição acadêmica de professora universitária, trabalhadora no ensino da graduação e da pós graduação, na pesquisa e na extensão, orientando alunos e publicando trabalhos científicos, com reconhecimento de mérito e comenda. Para mim os apelos administrativos portanto não  foram suficientes para vergar o meu compromisso primeiro com a  labuta incessante na atividade acadêmica das aulas, da pesquisa, e de levar a universidade ate  à sociedade.

Sou diretora do CCS e estou exercendo, atualmente, o segundo mandato por quase unanimidade da escolha dos professores, funcionários e alunos que votaram democraticamente , num indiscutível e definitivo reconhecimento ao meu comprometimento com o fazer  universitário cotidiano. Portanto fui  vitoriosa, democraticamente, por duas vezes na minha esfera de atuação.

Quero  declarar que fiz, faço e farei política universitária sempre respeitando e cumprindo as normas vigentes e onde legitimamente apuser a minha assinatura , respondo e responderei  em qualquer instância e a qualquer tempo pelo que ela representar.  A minha história política  é o meu atestado a favor da democracia que sempre respeitei e respeitarei.

Quero declarar meu apreço ao Professor Polari, mui digno reitor, que tem se esforçado para administrar com honradez a nossa UFPB. Tenho certeza que ele

condena os danos que  o mal das mentiras e calúnias podem fazer ao convívio de contrários dentro da instituição .

Quero também declarar que o jornal errou quando publicou como verdade especulações que gerou sim a pergunta :   a quem interessa vincular a questão do CCM além dos seus limites de disputa ? .

Quanto ao  jornal e aos danos causados a  minha imagem  de cidadã, no que se refere a referência descabida a minha pessoa na questão em pauta da eleição  CCM, tenho a reclamar porque dispondo dos nomes e da autoria e origem da ação publica – os candidatos da chapa  não se  esconderam, quando assinaram o pedido que deu origem a toda a questão em debate e legitimamente portanto  respondem por suas atitudes e decisões e certamente têm suas  razões –  o jornal direcionou a reportagem  ao meu nome.

É flagrante o dano proposto a mim e a minha vida de historia democrática na UFPB – meu maior atestado  – por uma noticia veiculada sob o titulo ATENTADO A DEMOCRACIA NA UFPB e o seu fecho totalmente em torno do meu nome em chamada final A QUEM INTERESSA o GOLPE na DEMOCRACIA UNIVERSITÁRIA. Desconsiderando os responsáveis pela ação judiciária e declarando a cristalina manobra de vincular meu nome e me atribuir intenções maquiavélicas, após também me atribuir estratégias nefastas à vida universitária, colocando  ações e palavras que não batem com a verdade – sequer fui ouvida ou procurada-  e sem se referir  a qualquer origem,  beira o jornal  qualquer coisa fora do aceitável  na decência jornalística.

Pergunto ao jornal a quem ele está servindo.  Ao debate democrático e aí ouvindo aqueles de fato envolvidos  com a matéria objeto de reportagem ou se prestando a discursos vis e obscuros quando vincula o nome de um terceiro e simplesmente  responde pelo próprio acusado, atribuindo a ele, opiniões  e estratégias como verdades absolutas, transformando  o que é apresentado como reportagem, numa  peça acusatória engenhosamente montada para fazer crer no julgamento final, descabidamente – insisto-construído em torno do meu nome, transformando o que poderia ser um trabalho jornalístico a serviço do saudável debate publico em um mero linchamento público .

Espero que alguém de bem deste Jornal encontre uma forma de pelo menos tentar reparar o erro que depõe aí sim, contra a verdadeira liberdade de imprensa.

Quanto a comunidade acadêmica sei que a minha historia e os que me conhecem saberão distinguir e encontrar por discernimento a quem verdadeiramente interessa o discurso e a quem realmente serve este tipo de reportagem.

Por MARGARETH DE F. F. M. DINIZ – (Diretora do CCS-UFPB)