A greve dos professores e funcionários técnico-administrativos da UFPB será o tema desta sexta-feira (29) do quadro JN no Ar, do Jornal Nacional. A repórter Mônica Teixeira conversou com representantes dos comandos locais de greve da ADUFPB e do Sintespb (Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba) e com alunos.

Em entrevista, os professores Ricardo Lucena (presidente da ADUFPB) e Wladimir Nunes Pinheiro (presidente do CLG) reafirmaram as reivindicações da categoria, garantindo que a luta não se limita a reposição salarial, mas tem como foco a reestruturação da carreira docente, com a criação de uma carreira única, incorporação de gratificações, piso salarial equivalente ao salário mínimo do Dieese e paridade entre ativos e aposentados.

Questionado sobre os “prejuízos” da greve aos estudantes, Ricardo Lucena lembrou que o movimento tem como objetivo primeiro a melhora das condições de ensino nas universidades federais brasileiras. “Desta forma, não vemos essa luta como prejuízo”, destacou. Ele apresentou à reportagem o contracheque de um professor especialista T20 para comprovar que os salários estão abaixo dos informados pelo governo. No caso ilustrado, o docente possui remuneração base de R$ 1.597. Com as gratificações, o salário chega a R$ 2.061,21.

Foi destacado pela reportagem o fato de que a greve dos professores já atinge 56 das 59 universidades federais do País e de que a UFPB é a instituição com maior número de alunos afetados: quase 40 mil. O professor Wladimir Pinheiro reforçou a fala do presidente da ADUFPB e declarou que a luta da categoria não pode ser vista como fonte de “prejuízos”.

Segundo ele, o movimento tenta resgatar a imagem das universidades federais como referência de educação pública e de qualidade, responsável pela formação de profissionais com perfis críticos e com atuação na sociedade. E, para isso, é necessário criar uma política de valorização de serviços como assistência estudantil, bibliotecas, restaurantes universitários.

O Jornal Nacional vai ao ar na Rede Globo às 20h15.

 

 

 

Fonte: Ascom ADUFPB