Os professores da UFPB, em greve desde o dia 17 de maio, realizam assembleia geral na próxima quarta-feira (29), às 9h. Esta semana a atividade será realizada no Centro de Vivência do Campus I, em João Pessoa, e não no auditório da Reitoria. Em pauta, a análise da greve e a definição do calendário de ações do Comando Local de Greve.

Na última sexta-feira (24), quando a greve dos professores federais completou 100 dias, o Comando Nacional protocolou a contraproposta do ANDES – Sindicato Nacional nos ministérios da Educação e do Planejamento e na Presidência da República.

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O documento foi entregue ao chefe de gabinete da Secretaria Geral da República, Manoel Messias de Souza Ribeiro, que se comprometeu em buscar canal de interlocução junto ao Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, no intuito de obter uma resposta ao movimento grevista em relação à contraproposta.

“Até o momento, o MEC e o Planejamento não se dispuseram a nos receber para conversar sobre a contraproposta. Tudo o que temos ouvido do governo é através da imprensa. Além de intransigente, é uma atitude desrespeitosa com os professores federais deste país”, disse Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN.

Mais que a busca por melhores salários, os docentes lutam pela reestruturação da carreira docente, além da melhoria nas condições de trabalho e ensino. Entre os problemas de infraestrutura enfrentados pelos professores estão a falta de estrutura física, como laboratórios, bibliotecas, salas de aulas e até mesmo material básico de higiene, além de obras abandonadas, algumas há mais de dois anos. Além disso, houve um aumento considerável no número de alunos sem a contrapartida da realização de concurso público para a contratação de docentes e técnicos.

Contraproposta – O texto do documento entregue pelo ANDES com a contraproposta da categoria foi aprovado pela categoria nas assembleias de base. Ela reduz os valores da malha salarial, aceitando o piso e teto propostos pelo governo, e também reduz os degraus entre níveis remuneratórios de 5% para 4%, preservando a natureza do trabalho acadêmico, conforme a proposta de carreira docente do ANDES-SN.

 

Fonte: Ascom ADUFPB e ANDES-SN