ADUFPB promove debate sobre questões de gênero
A ADUFPB realizou nesta quinta-feira (28) um debate com o tema “O Papel da Mulher no Trabalho e na Sociedade”, reunindo professores, funcionários e alunos da UFPB. O evento foi aberto pela diretora de Política Social do Sindicato, Mariza Pinheiro, que apresentou estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) sobre a participação da mulher no mercado de trabalho.
De acordo com ela, apesar das mulheres estarem na classificação de maioria da população, no que se refere ao mercado de trabalho, elas ainda são a minoria da população ocupada. E a participação delas é maior nos espaços que incluíam a Administração Pública (63,2 %) e nos Serviços domésticos (94,5), neste último, elas eram quase maioria absoluta.
Já a professora Maria de Lourdes Soares, coordenadora da Pós-Graduação Serviço Social (CCHLA), falou um pouco sobre a formação do preconceito de gênero dentro da realidade regional. Ela lembrou a importância do papel da literatura na construção da imagem no Nordeste em todo o País, que começou na década de 30. Daquele período vem a associação ao cangaço, à pobreza extrema e ao machismo.
“E a literatura reforçava muito o homem como provedor e a mulher como esposa, filha e mãe”, afirma. Nesse contexto, surgiu a figura da escritora cearense Raquel de Queiroz. Em um período no qual as mulheres que escreviam precisavam se esconder por trás de pseudônimos, Raquel falava sobre figuras femininas fortes, que optavam por não casar.
Violência e gênero
Quem também compôs a mesa do evento foi a professora Ana Paula Romão de Souza Ferreira, do Departamento de Habilitações Pedagógicas (Centro de Educação). Ela revelou que, segundo pesquisa divulgada recentemente pelo Centro 8 de Março, a Paraíba é, proporcionalmente, o Estado brasileiro com os piores índices de violência doméstica. “Superamos inclusive São Paulo”, acrescenta.
Ana Paulo Romão também fez um pequeno histórico da luta feministra no País. Segundo ela, o movimento pode ser dividido em três fases. A primeira, na década de 30, é chamado de “Movimento Sufragista”, porque nasceu e estava concentrado na luta pelo direito ao voto. Já na década de 60, a luta foi pelo direito ao corpo, à sexualidade e à participação no mercado de trabalho.
A terceira fase do movimento feminista vem da década de 80 até os dias atuais. Trata-se de uma fase de consolidação dos direitos, de conquista no mercado de trabalho, em que o principal foco é na educação escolar e na educação dos movimentos sociais.
No encerramento do evento, a professora Mariza Pinheiro reforçou a importância de eventos que discutam a questão de gênero dentro do ambiente universitário. “E continuamos em luta, não para nos contrapor ao parceiro, mas em busca da igualdade de oportunidades”, declarou.

DSC02137 - menorA ADUFPB realizou nesta quinta-feira (28) um debate com o tema “O Papel da Mulher no Trabalho e na Sociedade”, reunindo professores, funcionários e alunos da UFPB. O evento foi aberto pela diretora de Política Social do Sindicato, Mariza Pinheiro, que apresentou estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) sobre a participação da mulher no mercado de trabalho.

De acordo com ela, apesar das mulheres estarem na classificação de maioria da população, no que se refere ao mercado de trabalho, elas ainda são a minoria da população ocupada. E a participação delas é maior nos espaços que incluíam a Administração Pública (63,2 %) e nos Serviços domésticos (94,5), neste último, elas eram quase maioria absoluta.

Já a professora Maria de Lourdes Soares, coordenadora da Pós-Graduação Serviço Social (CCHLA), falou um pouco sobre a formação do preconceito de gênero dentro da realidade regional. Ela lembrou a importância do papel da literatura na construção da imagem no Nordeste em todo o País, que começou na década de 30. Daquele período vem a associação ao cangaço, à pobreza extrema e ao machismo.

DSC02129 - menor“E a literatura reforçava muito o homem como provedor e a mulher como esposa, filha e mãe”, afirma. Nesse contexto, surgiu a figura da escritora cearense Raquel de Queiroz. Em um período no qual as mulheres que escreviam precisavam se esconder por trás de pseudônimos, Raquel falava sobre figuras femininas fortes, que optavam por não casar.

Violência e gênero

Quem também compôs a mesa do evento foi a professora Ana Paula Romão de Souza Ferreira, do Departamento de Habilitações Pedagógicas (Centro de Educação). Ela revelou que, segundo pesquisa divulgada recentemente pelo Centro 8 de Março, a Paraíba é, proporcionalmente, o Estado brasileiro com os piores índices de violência doméstica. “Superamos inclusive São Paulo”, acrescenta.

Ana Paulo Romão também fez um pequeno histórico da luta feministra no País. Segundo ela, o movimento pode ser dividido em três fases. A primeira, na década de 30, é chamado de “Movimento Sufragista”, porque nasceu e estava concentrado na luta pelo direito ao voto. Já na década de 60, a luta foi pelo direito ao corpo, à sexualidade e à participação no mercado de trabalho.

A terceira fase do movimento feminista vem da década de 80 até os dias atuais. Trata-se de uma fase de consolidação dos direitos, de conquista no mercado de trabalho, em que o principal foco é na educação escolar e na educação dos movimentos sociais.

No encerramento do evento, a professora Mariza Pinheiro reforçou a importância de eventos que discutam a questão de gênero dentro do ambiente universitário. “E continuamos em luta, não para nos contrapor ao parceiro, mas em busca da igualdade de oportunidades”, declarou.

DSC02120 - menorExposição

Além das palestras, o evento contou com uma exposição de fotografias do professor Carlos Cartaxo, do Departamento de Artes Cênicas, com o tema “A multiculturalidade através das cores na expressão feminina do Marrocos”.

Também fez parte da programação uma feira livre do grupo “Artesãs Unidas Fazendo Arte (Grupo AUFA)  e convidadas, um projeto de mulheres empreendedoras que atuam com economia solidária. Os dois eventos paralelos foram realizados no Centro de Vivência.

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Fonte: Ascom ADUFPB