O Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais na Paraíba divulgou nota convocando os trabalhadores a participar nesta quarta-feira (23/9) do Dia Nacional de Paralisação. Haverá atividades de protesto em Brasília e vários estados do País. Em João Pessoa, o protesto acontecerá em frente ao Ministério da Fazenda, na avenida Epitácio Pessoa, a partir das 7h30.

O principal objetivo da atividade é mostrar a rejeição ao novo pacote de cortes orçamentários anunciado pelo Governo Federal no dia 14 deste mês e pressionar pela reabertura de negociações com os servidores públicos.

Participarão do ato professores e servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPB), servidores do INSS, do Ministério da Fazenda, entre outros.

A nota do Fórum dos SPF está sendo divulgado em forma de vídeo. Leia, abaixo, o texto na íntegra e clique aqui para assistir ao vídeo.

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CONTRA O AJUSTE FISCAL!

EM DEFESA DA EDUCAÇÃO, SAÚDE, PREVIDÊNCIA, MORADIA E REFORMA AGRÁRIA.

RUMO À GREVE GERAL

 

Na última segunda-feira (14), as medidas anunciadas pelos ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa, para economizar R$ 26 bilhões do orçamento, conseguiram impor um arrocho aos servidores e colocar em risco o serviço público.

Como resposta, os Servidores Públicos Federais indicam uma paralisação nacional nesta quarta-feira, 23/09/15, solidários na defesa dos direitos dos trabalhadores a saúde para todos, educação de qualidade, moradia digna, Previdência Pública, Reforma Agrária. E contra o Ajuste Fiscal e todas as formas de cortes, privatização e mercantilização de direitos sociais e trabalhistas.

Nós, servidores públicos, movimentos sociais e demais trabalhadores, vimos nos manifestar e conclamar todas e todos à unificação das forças num momento tão difícil da realidade brasileira!

Estamos hoje nas ruas contra os retrocessos e as medidas que elegeram os servidores como o grande vilão da crise. Não aceitamos a política de cortes imposta contra os trabalhadores, que irá precarizar ainda mais os serviços públicos e as políticas sociais. Contra esses cortes algumas categorias estão em greve há mais de 100 dias.

Em postura antissindical e autoritária, o governo vem se recusando a abrir um diálogo efetivo com os servidores. Sem esse diálogo com os trabalhadores, os reais interlocutores do governo são os setores mais reacionários da sociedade, representados na figura nefasta de Eduardo Cunha, e no setor financeiro, por meio de agências de avaliação de risco que agem para chantagear e imobilizar os governos. Grau de investimento, eis o apelo que faz eco no Planalto!

Resultado: mais cortes nos direitos sociais e trabalhistas e preocupação exclusiva com a economia de recursos para pagamento da dívida (superávit primário). Não bastassem as medidas neoliberais adotadas desde o início do atual mandato, e que asfixiam a economia e geram desemprego crescente, o governo vem apresentar a proposta de um novo “pacote fiscal”, da ordem de R$ 64 bilhões, sempre preocupado com o setor financeiro.

O governo escolheu o seu lado: contra as políticas públicas, o serviço público, o emprego e os trabalhadores, e a favor dos banqueiros nacionais e internacionais. Mas que ele saiba que nós estaremos em luta do lado contrário, resistindo e denunciando a política econômica deste governo. Assim, conclamamos toda a sociedade, especialmente as trabalhadoras e os trabalhadores, a juntarem-se a esta luta!